Teotónio Machado Pires

Teotónio Machado Pires
Nascimento 7 de novembro de 1902
Terra Chã
Morte 2 de abril de 1987 (84 anos)
Angra do Heroísmo
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação político, advogado
Prêmios
  • Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo
  • Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique
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Teotónio Machado Pires GOCGOIH (Terra Chã, 7 de Novembro de 1902 — Angra do Heroísmo, 2 de Abril de 1987) foi um jurista, advogado e político ligado ao Estado Novo, que entre outras funções de relevo foi deputado e governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo.[1][2][3]

Biografia

Nasceu na freguesia da Terra Chã, arredores da cidade de Angra do Heroísmo. Após concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, mantriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, cujo curso concluiu no ano de 1927.[1]

Terminado o curso, fixou-se em Angra do Heroísmo como advogado, acumulando essa atividade com as funções de professor provisório do Liceu e da Escola Industrial e Comercial de Angra do Heroísmo. Em 1932 ingressou na função pública ao ser nomeado chefe da secretaria da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo.

Apoiante da Ditadura Nacional, foi nomeado vogal da comissão administrativa da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, funções que exerceu de 1928 a 1930. Com a institucionalização do Estado Novo, em 1934 foi escolhido para presidente da comissão municipal de Angra do Heroísmo da União Nacional.

Foi deputado à Assembleia Nacional do Estado Novo na IV Legislatura (1945-1949), integrando a Comissão de Obras Públicas e Comunicações. Na primeira sessão legislativa fez uma intervenção sobre problemas que interessavam à ilha Terceira e outra sobre a construção do porto de abrigo de Angra do Heroísmo, enviando um requerimento pedindo informações sobre aquele assunto.[3] Teve intervenção no processo de criação da Escola do Magistério Primário de Angra do Heroísmo.[4]

Proprietário agrícola na Terra Chã, em 1945 foi da Comissão Administrativa do Grémio da Lavoura do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo.

Foi governador civil do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo de 31 de março de 1959 a 16 de abril de 1973. Nestas funções, notabilizou-se na assistência aos sinistrados da crise sísmica dos Rosais, razão pela qual a vila de Velas e a freguesia dos Rosais o lembram na sua toponímia. Também a vila de Santa Cruz da Graciosa e a freguesia da Terra Chã têm arruamentos com o seu nome.

Foi também presidente da Comissão Regional de Turismo e sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira, tendo presidido àquela instituição entre 1958 e 1960. Presidiu também à direcção do Montepio Terceirense. Tem colaboração dispersa em vários jornais e revistas.[1]

Foi feito grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique a 15 de junho de 1962 e grande-oficial da Ordem Militar de Cristo a 31 de maio de 1973.[5] Também recebeu a medalha de ouro de Mérito Naval.

Foi pai do Prof. Doutor António Manuel Bettencourt Machado Pires, professor catedrático de literatura e cultura portuguesa e durante muitos anos reitor da Universidade dos Açores e grande-oficial da Ordem da Instrução Pública a 23 de agosto de 1988.[5]

Referências

  1. a b c Nota biográfica de Teotónio Machado Pires na Enciclopédia Açoriana.
  2. Pedro de Merelim, As 18 paróquias de Angra - sumário histórico, p. 818. Angra do Heroísmo, Tip. Minerva Comercial, 1974.
  3. a b Biografia parlamentar de Machado Pires.
  4. Decreto-Lei n.º 36839, de 19 de abril de 1948, que Cria a Escola do Magistério Primário de Angra do Heroísmo, para funcionar nos termos do decreto-lei n.º 33019.
  5. a b Presidência da República : Ordens honoríficas.

Bibliografia

  • António Manuel Bettencourt Machado Pires, «Evocação de meu pai», in A União, edição de 30 de Outubro de 2002, Angra do Heroísmo.

Ligações externas

  • «Pires, Teotónio Machado» na Enciclopédia Açoriana
  • v
  • d
  • e
Monarquia
Constitucional
Luís Pinto de Mendonça Arrais • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (1.ª vez) • António Pedro de Brito • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara (2.ª vez) • José Silvestre Ribeiro • Nicolau Anastácio de Bettencourt (1.ª vez) • Francisco de Meneses Lemos e Carvalho • Nicolau Anastácio de Bettencourt (2.ª vez) • António José Vieira Santa Rita • Nicolau Anastácio de Bettencourt (3.ª vez) • António de Oliveira Marreca • António Marcelino da Victória • Nicolau Anastácio de Bettencourt (4.ª vez) • António Maria Cordeiro • Cassiano Sepúlveda Teixeira  • José Maria da Silva Leal • José Inácio de Almeida Monjardino (3.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (1.ª vez) • Albino de Abranches Freire de Figueiredo • Joaquim Taibner de Morais (interino) • José Guilherme Pacheco • Joaquim Taibner de Morais (interino) • António de Gouveia Osório • Teotónio de Ornelas Bruges Paim da Câmara • Miguel Vaz Guedes de Ataíde • Félix Borges de Medeiros • Francisco de Albuquerque Mesquita e Castro • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (1.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara • (2.ª vez)  • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (2.ª vez) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (3.ª vez)  • Afonso de Castro • João António Pereira Neves • Augusto Maria da Fonseca Coutinho • Jacinto Cândido da Silva (interino) • Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara (4.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara (3.ª vez) • Henrique de Sá Nogueira de Vasconcelos • Henrique de Castro (interino) • José Pimentel Homem de Noronha • Manuel Homem da Costa Noronha • Emídio Lino da Silva Júnior (1.ª vez) • Cândido Pacheco de Melo Menezes Forjaz de Lacerda (2.ª vez) • Emídio Lino da Silva Júnior (2.ª vez) • Raimundo Sieuve de Meneses • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (1.ª vez) • António da Fonseca Carvão Paim da Câmara • José Pereira da Cunha da Silveira e Sousa • Aristides Moreira da Mota • João Carlos da Silva Nogueira • Teotónio Simão Paim de Ornelas Bruges (2.ª vez) • Jacinto Carlos da Silva
Estandarte dos governadores civis
1.ª República
Henrique Ferreira de Oliveira Braz • António Afonso de Carvalho  • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo • João de Mendonça Pacheco de Melo • João Baptista da Silva  • Adolfo da Trindade • António Silveira Lopes • Joaquim Teixeira da Silva (1.ª vez) • Francisco Vicente Ramos  • Constantino José Cardoso (1.ª vez) • Joaquim Teixeira da Silva (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (1.ª vez) • Constantino José Cardoso (2.ª vez) • António Veríssimo de Sousa  • Virgílio da Rocha Diniz  • Francisco de Paula Homem da Costa Noronha • António Amorim Pires Toste • António José Teixeira (1.ª vez) • Sebastião Ávila de Vasconcelos • Manuel de Mesquita (1.ª vez) • António José Teixeira (2.ª vez) • Álvaro de Castro Meneses (2.ª vez) • Alexandre Martins Pamplona Ramos • Francisco de Mendonça Pacheco de Melo
Ditadura Nacional
Estado Novo
3.ª República
Controle de autoridade